Durante o evento de trabalho em Belo Horizonte, uma das pautas foi a defesa da aprovação da Reforma da Previdência

A reunião deste sábado contou com a presença de seis governadores e do vice-governador de Minas Gerais FOTO DIVULGAÇÃO
“Tivemos uma reunião extremamente produtiva onde decidimos pela criação do COSUD, onde nós iremos integrar esforços para que as nossas mais diversas áreas possam compartilhar práticas e fazer aquisições em conjunto, via consórcio, de forma que os Estados sejam beneficiados dessa integração”, afirmou Zema, anfitrião do encontro.
A reunião deste sábado contou com a presença de seis governadores das regiões Sul e Sudeste. Além de Zema e do vice-governador de Minas, Paulo Brant, também participaram Renato Casagrande, do Espírito Santo; Wilson Witzel, do Rio de Janeiro; Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul; Carlos Moisés, de Santa Catarina; e João Doria, de São Paulo. O representante do Paraná não compareceu por problema de agenda. Estes são os Estados responsáveis por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Em pronunciamento à imprensa, Romeu Zema também reafirmou o apoio do grupo à Reforma da Previdência, em tramitação no Congresso Nacional. Segundo o governador, o grupo de chefes de Executivo compartilham da opinião de que a votação da reforma é essencial para o crescimento econômico dos Estados e para a superação da crise financeira atual.
“Temos plena convicção que essa reforma antecede qualquer outra. Não adianta irmos adiante, em outras pautas, se não formos primeiramente em relação à previdência. Estamos aqui em sete Estados que representam 70% da economia do Brasil. O Sul e o Sudeste têm relevância, têm peso e apoiam essa reforma”, concluiu o governador de Minas.
Outros pontos tratados também durante a reunião neste sábado (16/3) foram o combate ao contrabando e segurança nas fronteiras interestaduais, e a Lei Anticorrupção, que irá ajudar os governantes em diversas frentes. Além disso, a desburocratização do Estado e de impostos também esteve em pauta.
Adesão
O governador de São Paulo, João Doria, que será o anfitrião do próximo encontro do COSUD, pontuou que o objetivo é reunir, já em abril, governadores e seus secretários de Estado para prosseguir com o trabalho de integração iniciado aqui em Minas por Romeu Zema.
“Os governadores estarão com as respectivas equipes de trabalho com o objetivo de melhorar o funcionamento dos Estados, principalmente na saúde, educação, segurança”, disse. “Mais do que tudo, estamos unidos em uma grande causa. Não há como o Brasil pensar em crescimento, em geração de empregos e oportunidades, se não discutirmos e aprovarmos a Reforma da Previdência”, pontuou.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, acredita que a formação do consórcio é um momento histórico para o Brasil. “Poderemos investir em infraestrutura, portos, aeroportos, atrair mais investimentos para gerar empregos e mais renda. Isso vai se refletir também nos parlamentares e estaremos irmanados com o objetivo de desenvolver ainda mais o nosso país.”
Já Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, ressalta que o trabalho em conjunto entre os Estados permitirá uma melhor prestação de serviços aos cidadãos. “A proximidade nossa permite que os governadores do Sul e Sudeste se articulem”, destacou. Sobre a Reforma da Previdência, o governador salientou que algumas questões ainda devem ser discutidas entre ele e seu partido.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, explica que os temas comuns entre todos os 27 Estados da Federação continuarão sendo debatidos durante os Fóruns dos Governadores, mas que a criação do consórcio é uma maneira de unir grupos com identidades comuns do ponto de vista socioeconômico. “Teremos a oportunidade de melhorar a eficiência da aplicação de recursos”, lembrou.
No mesmo sentido, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, completou que a união por meio do COSUD resolverá a guerra fiscal existente hoje entre os Estados. “É oportunidade de discutirmos os incentivos fiscais que hoje acabam promovendo guerra entre os Estados. As regiões, juntas, falando a mesma língua, podem minimizar essa questão”, finalizou.
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