Ação de ressocialização envolve detentos que trabalham em oficinas na própria unidade prisional

Divulgação Ascom/Seap Entrega das 17 cadeiras de rodas para a Apae
Para o diretor de atendimento do presídio, Leandro Rodrigues Palma, não existe melhor caminho para ressocialização do que fazer o preso se sentir útil. “É uma grande alegria ajudar o próximo, e ainda contagiar as pessoas com o desejo de desenvolver atividades solidárias”, comenta.

A vontade de auxiliar o próximo ajudou a divulgar o trabalho desempenhado por presos de Itajubá. Maria Gorete da Silva, a mãe do Paulo Henrique, ficou sabendo da oficina por um amigo detento, que cumpre pena no regime semiaberto. Quando esse amigo voltava de uma saída temporária, ela o acompanhou até o presídio, onde conheceu o diretor de atendimento da unidade prisional, que se prontificou a receber a cadeira de rodas e encaminhá-la para a oficina para os reparos necessários.
“O trabalho ficou perfeito. A gente nem consegue imaginar que, dentro de um presídio, possam existir pessoas dispostas e capazes de se dedicarem a esta atividade. Estou muito agradecida”, diz Maria Gorete, que já divulgou o trabalho desenvolvido pelos presos. “Uma amiga da Apae ficou entusiasmada quando contei. Ela precisa reformar a cadeira de rodas de um parente e vai procurar a direção do presídio”.
Todas as cadeiras aram por uma reforma total: troca dos eixos, buchas, estofamento, proteções de cabeça e pintura. Os presos Rogério Donizeti de Morais, 36 anos, e Rodrigo Rosa Tenório, 30 anos, levaram uma semana para concluir o trabalho, pois são cadeiras especiais, feitas de alumínio e dotadas de acolchoamento e e para diversas partes do corpo. “Tivemos um cuidado especial com elas, pois são utilizadas por crianças e adolescentes. Foi uma grande emoção participar da entrega”, conta o detento Rogério Donizeti.
Projeto
As atividades da oficina de reforma e montagem de cadeiras de rodas começaram em 2017, após o pedido de ajuda de uma ONG da região. A instituição não especificou que tipo de auxílio precisava, pois as necessidades eram muitas. Foi a direção-geral do presídio que teve a ideia do projeto. De lá pra cá, mais de 200 cadeiras de rodas já foram reformadas ou construídas pelos presos da oficina. Dentre os trabalhos realizados também está a revitalização de brinquedos de praças públicas.
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