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Oficina de Alfabetização muda vida de pacientes da Casa de Saúde Santa Izabel
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Oficina de Alfabetização muda vida de pacientes da Casa de Saúde Santa Izabel 6h1r2y

Oficina de Alfabetização muda vida de pacientes da Casa de Saúde Santa Izabel

Atividade, além de proporcionar domínio da leitura e escrita a pessoas com idade entre 60 e 89 anos, eleva autoestima

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Além de aprender a ler e escrever, os pacientes têm apresentado mudanças significativas na forma de agir

A vida de alguns dos pacientes institucionalizados da Casa de Saúde Santa Izabel (CSSI), da Rede Fhemig vem mudando, desde agosto do ano ado. Isso porque eles finalmente estão tendo a oportunidade de aprender a ler e a escrever, com a criação da Oficina de Alfabetização na unidade.

A iniciativa foi da terapeuta ocupacional, Luciene Sette Morais que, ao iniciar seu trabalho na CSSI, percebeu a demanda. “Quando cheguei, fiquei responsável pelos pacientes da Unidade Assistencial Gustavo Capanema (UAGC). Então, fui a cada um dos leitos fazer uma pequena anamnese. Foi aí que eu percebi que alguns manifestavam vontade de aprender a escrever para o próprio nome, outros queriam ler a bíblia, e, até mesmo, conseguir resolver questões pessoais sem depender de ninguém”, conta.

Alfabetização de pacientes institucionalizados da Casa de Saúde Santa Izabel, da Rede Fhemig (crédito: Aline Castro Alves)

Apesar das habilidades para lecionar adquiridas da formação de magistério, anos atrás, para Luciene, o diferencial da sua oficina é o amor. “Se você não coloca emoção, acho que é difícil aprender em qualquer idade. No momento da oficina eles não são meus pacientes, são meus alunos. Então, eu o a olhar de forma geral. Se ele está alegre, triste, se precisa de uma adaptação para escrever, se tem alguma coisa incomodando”, explica.

O resultado de tanta dedicação já pode ser visto. Além de aprender a ler e escrever, os pacientes têm apresentado mudanças significativas na forma de agir. “Mudou tudo na vida deles. Antes da oficina, uma das minhas alunas, por exemplo, só ficava no leito, com uma grande baixa de autoestima, sempre reclamando de muitas dores. Hoje, além escrever seu nome e algumas outras palavras, ela mudou sua forma de falar, de se dirigir aos outros, e até participa de outras oficinas”, conta Luciene.

A psicóloga Débora, coordenadora do Núcleo de Risco, onde acontecem as aulas, concorda. “A alfabetização tem contribuído muito para a melhora da autoestima e para a socialização dos pacientes”. É o caso da Maria Luiza da Silva e de sua irmã, Ivanilda Francisca. “Nossa história vem mudando depois desta oficina. Minha irmã é outra pessoa, não toma mais tantos remédios. Estamos aprendendo muitas coisas. Muitas pessoas estão revivendo, pois nunca tivemos a oportunidade de estudar, e isso tem levantado o astral de todos nós”, diz emocionada. Segundo a psicóloga, o objetivo não é uma alfabetização formal, mas sim um estímulo às funções cognitivas e funcionais do indivíduo.

Escola Gustavo Capanema

A oficina recebeu dos alunos, carinhosamente, o nome de Escola Gustavo Capanema e hoje reúne cerca de 12 pessoas, com idade entre 60 e 89 anos, além de contar com a participação tanto de pacientes crônicos, que residem na UAGC, quanto daqueles que moram nas residências assistidas pela Fhemig. “São pacientes institucionalizados, que foram segregados pelo Estado e estão na colônia há décadas, e filhos separados de pacientes, que não tiveram oportunidade de frequentar a escola”, explica a terapeuta ocupacional.

As aulas acontecem às terças e sextas-feiras, com duração de duas horas, e, desde março, começaram a contar também com a ajuda de outra “professora”: a fonoaudióloga, Jéssica Danielle de Jesus. Segundo ela, o grupo é bastante heterogêneo e os participantes estão em fases distintas do processo de leitura e escrita. “As atividades são em grupo, mas buscamos adaptá-las de acordo com o grau de dificuldade adequado para cada um. Assim, todos fazem a atividade de forma parecida, mas não se sentem frustrados com suas limitações, pois entendem que cada um está em uma fase diferente”, explica.

Para ela, o benefício da oficina na vida dos participantes vai além do objetivo terapêutico. “A possibilidade de domínio de leitura e escrita, que foi negada a essas pessoas no ado, devido à segregação advinda da politica de isolamento compulsório, proporciona inserção social, e assim, elas se sentem mais felizes e valorizadas”.

Além da oficina de alfabetização, a unidade oferece, atualmente, oficinas de dança sênior, pintura em tecido, bijuterias e bingo.

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