Mais uma importante parceria entre a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e Embrapa promete reunir informações importantes para os produtores rurais preocupados com melhoramento genético e sustentabilidade. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida com cerca de 170 touros, com o objetivo de ar a microbiota de cada um deles. A análise e feita a partir das fezes dos animais.
“A microbiota é o conjunto de bactérias do intestino, popularmente conhecida como flora intestinal. Já existem vários trabalhos mostrando que a genética do hospedeiro, nesse caso, o touro, modula a própria microbiota, que é extremamente importante para o desenvolvimento desse animal. Nosso intuito aqui é identificar os microrganismos que estejam influenciando esse hospedeiro em seu processo de produção, incluindo a produção de metano, a eficiência alimentar, e a própria saúde desse animal”, diz Bruno Andrade, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste.
O grupo conta ainda com outros três pesquisadores da entidade, sendo que os primeiros os da pesquisa foram dados em 2010, como parte de uma tese de doutorado. A atividade desenvolvida essa semana na Fazenda Escola da Fazu é a primeira fora de um laboratório, e a previsão é de que os resultados sejam apresentados em dois anos. “Nós iremos levar essas amostras para o laboratório e fazer os sequenciamento do RNA e do microRNA. Por meio desse processo vamos conseguir saber quais são os genes que estão modulando toda a expressão e toda a presença de microbiota no rumén. E essa microbiota nós conseguimos associar a características de eficiência alimentar, que está ligada a toda essa ideia de sustentabilidade”, complementa Priscila Neubern, pesquisadora que deu início ao projeto em 2010.
Animais. A pesquisa é desenvolvida com os touros que já estão na Fazenda Escola da Fazu para o Teste de Desempenho e Eficiência Alimentar do PNAT 2019. O grupo está confinado há cerca de dois meses, e apresenta características importantes para o trabalho, como faixa etária e padrão racial.
“A ABCZ sempre foi parceira da Embrapa e em nossa gestão essa parceria teve ainda mais consistência. A todo o momento estamos juntos a essa entidade, avaliando e usando essa parceria como uma importante ferramenta dentro do PMGZ. Isso é de uma importância muito grande, porque quem ganha é a pecuária, de um modo geral”, destaca Valdecir Marin, diretor Técnico da ABCZ.
foto: Cristiano Bizzinotto Trabalho é desenvolvido com animais participantes do Teste de Desempenho e Eficiência Alimentar do PNAT 2019
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